Erotismo ideológico.

Tenho percebido de alguns movimentos, é que tem muita masturbação e pouca ação.

Tem gente querendo inventar a roda, outros na inocência de só expor o seu drama, mas a verdade é que todos deveriam estar juntos pelo #ForaTemer.

Muitos no anseio de querer mudar o mundo, mas suas palavras são só compreendidas por comunidades acadêmicas e poucos teóricos, enquanto isso a massa perdida, vai escolhendo seus ídolos, uns poucos são justos, mas tem de sobra fascistas e fundamentalistas.

Sim, somos os que representam o anseio dos 99%, mas pouco adianta se continuamos a mobilizar menos de um porcento nas ruas.

Os poucos movimentos que mobilizam realmente algum peso, independente da época do ano são o MST, MTST, Frente de Luta Povo Sem Medo, movimento feminista e de trabalhadores organizados em suas categorias e representados por seus sindicatos. Vemos suas estruturas, lideranças e pautas bem definidas, linguagem clara e direcionada ao povo que é a sua força.

Não me venham falar dos trouxinhas, pois destes o que não se fala muito, é que seus atos são uma verdadeira torre de Babel, onde cada um fala uma língua, uns querem a volta do regime militar, outros do império através da monarquia, neoliberalismo selvagem, muitos estavam na rua achando que derrubando a Dilma estariam colocando o Aécio no lugar. Parece comédia, mas é a síntese de um movimento que se dizia apartidário, mas que na realidade, conquistou espaços para partidos de direita, com o auxílio do consórcio da imprensa golpista.

Enquanto os movimentos de rua não perceberem a força que tem unidos em uma única pauta, pouco será feito. A construção do #ForaTemer é a mais próxima que temos para uma grande união entre todos, pois independente de nossas diferenças, vemos que pelo mexer das peças no tabuleiro, prosperará uma derrubada de direitos que foram conquistados à base de muita luta, seguido da tirania e repressão presente em todos os golpes.

Louvável o esforço para conquista de eleições gerais, mas vejo ainda muito raquítico, fora que achar que as eleições nos salvaria é um pouco inocente, pois do jeito que o sistema político esta, será para trocar seis por meia dúzia, a solução seria se organizar pela reforma política popular.

O momento não é da esquerda travar cabos de guerra, mas de união e compreensão, enquanto isso o centrão e a direita estão mais unidos do que nunca.

A verdade é dura, mas se você não é um revolucionário disposto ir a luta, vá para política, fora disso é só distração.