O rojão e a consciência.

O caso nebuloso do artefato explosivo que atingiu o cinegrafista da Tv Bandeirantes, teve um desfeixo negativo. Não só eu, como diversos meios de comunicação também nos enganamos, mas existe um motivo. Normalmente a violência tem vindo das tropas de choque do Estado, todos acostumados com as ações truculentas, naturalmente tinhamos como suspeitos a polícia militar do Rio de Janeiro.
Reconheço o meu equivoco, pois diversas imagens demontravam o disparo indo de encontro aos manifestantes, ao mesmo tempo em que eram lançadas bombas de efeito moral e gaz lacrimogênio pelo batalhão de Cabral.
Agora com este episódio vem a importância de se formar uma massa crítica nos protestos, pois, não adianta somente irmos as ruas, mas sabermos realmente o porquê protestamos e ter em mente a consequência de nossos atos. Neste caso em particular, o prejuízo a imagem dos manifestantes é clara, demos uma munição a imprensa de direita para sermos chamados de vândalos.
Os conflitos estão cada vez mais comuns, é inegavel que a população esta insatisfeita, as promessas de dias melhores foram inumeras e a copa é tão somente uma faísca em um barril de polvora alimentada por uma política levada a comédia. Agora o povo quer cabeças que rolarão neste processo iniciado e que não tera tempo para ser finalizado.
Estamos insatisfeitos, mas precisamos rever nossas ações. No momento revolucionário que vivemos é impossível que não haja exessos dos dois lados.
O Estado se utiliza da violência para controlar os indivíduos, no momento em que agimos com a mesma violência que somos tratados, damos o motivo para sermos dominados. Ações pacíficas a maquina repressora não sabe como reagir. Os grupos são vários e os metodos também, mas precisamos refletir, pois paus, pedras e rojões, não bastam contra o moedor de carne humana que o sistema se tornou.

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