Sem cortar cebola.
Ainda não são oito horas,
como gostaria que já fosse o horário de tomar o remédio,
queria dormir cedo hoje.
Minhas pálpebras pesadas,
a face em movimento fechar como uma concha.
Me perder em sonhos.
Sonhos encantados como uma droga que alivia a dor de viver.
Sonhos açucarados,
Doces caramelizados,
derretem na língua e torna suave o áspero.
Basta de hoje,
amanhã quero cantar,
que vai ser outro dia,
de tristeza ou alegria,
quente ou frio,
chuva e sol,
tanto faz, como tanto fez.
Lua no céu a brilhar,
para os olhos efêmeros como sementes,
ao astrônomo seu brilho parece perpétuo.
Não me encanta mais o dia de hoje,
tudo é tão cinzento,
o cheiro não parece bom.
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