Do acaso querendo sofrer do que todos dizem ser paixão.

A pulsação do peito pula a garganta, 
Engolir seco com a garganta molhada,
Falta ar, pois a fogueira acesa precisa de oxigênio. 

Uma caldeira em pressão total,
Movimenta um trem chamado corpo.

O combustível da maquinaria é o seu perfume e delicadeza da mais singela flor.
É uma droga.
Você quer, você pensa toda hora, sente saudade, se contorce no chão como um usuário de ópio.

Imagina caricias, dormir abraçado, ou simplesmente aguardar o chegar de uma viagem, estas coisas que fazemos quando estamos enfeitiçados.

Você é o meu mais profundo vício, não consigo fujir.

Quantas vezes peguei o telefone?
Quantas vezes olhei o seu retrato sorrindo na minha agenda?
Quantas vezes me contive?

Como querer sem ser mais um?
Como se entregar sem a certeza de onde você deixa seu coração?
Como não fazer papel de bobo, num sorriso inocente?

Num mundo tão variado e distante.
É tão fácil se enganar.
Nos conhecemos, mas ao mesmo tempo, somos tão estranhos.

Como não ser atraído por miragens?
Como não se encantar com o canto das sereias?
Como é não ter fome?

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