Lembro todos os dias,
daquela vez que sentei naquela canga contigo, fugíamos do sol que
estava muito forte, a brisa lançava seus cabelos ao vento, fiquei
inebriado com a visão, cataléptico de emoção, deveria ter me
comportado como um homem de 30 anos e ter lhe dado um beijo caloroso,
que percorresse num lampejo um choque rápido em nossas espinhas. Que
naquele dia a gente tivesse se tocado, conhecendo e explorando, até
chegar a planta de seu pé, sentindo o cheiro mais intimo, sentir o
seu calor.
Se nós tivéssemos transado, suado num lugar apertado e quente, compartilhando todos os nosso fluídos, escorregássemos um no outro, como se um mundo não mais se importasse e chegasse até o momento em que o tempo para...
Mas não me importa mais o se, pois talvez tivéssemos brigado, poderíamos ter chorado atrás da porta bem baixinho, ter dito coisas que não deveriam ter saído da boca como setas que ferem o coração, nos arranhando fundo um no outro.
Se nós tivéssemos transado, suado num lugar apertado e quente, compartilhando todos os nosso fluídos, escorregássemos um no outro, como se um mundo não mais se importasse e chegasse até o momento em que o tempo para...
Mas não me importa mais o se, pois talvez tivéssemos brigado, poderíamos ter chorado atrás da porta bem baixinho, ter dito coisas que não deveriam ter saído da boca como setas que ferem o coração, nos arranhando fundo um no outro.
Quero agora falar um oi
e enlouquecer contigo, mesmo que o tempo tenha passado e a vida tenha
nos dado certa aspereza. Dar risada é bom e funciona como remédio.
Por isso quero brincar gostoso de manhã, sentir o cheiro da sua
nuca, apreciarmos as coisas lindas do mundo, brigarmos por justiça,
disputar o som da vitrola, aprender um com o outro, respeitar, levar
canja quente quando precisar.
Mas o amanhã só a ti pertence. Não adianta um coração batendo, mais vale uma sinfonia, exemplo evidente de uma harmonia, um piano bem dedilhado, nota por nota afinada.
O que me resta hoje, são filmes do passado.
Mas aceite as minhas flores.
Mas o amanhã só a ti pertence. Não adianta um coração batendo, mais vale uma sinfonia, exemplo evidente de uma harmonia, um piano bem dedilhado, nota por nota afinada.
O que me resta hoje, são filmes do passado.
Mas aceite as minhas flores.
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