Drogas,assunto antigo, mas ainda é polemica.


Água mole em pedra dura, tanto bate, até que fura.

Recentemente participei de um fórum que iniciou com um poste incitando a discriminação contra usuários de maconha, assustei-me com opiniões que rumaram para uma extrema direita quase fascista, mas o assunto tornou se polemico e surgiram defensores de diversos pontos de vista, vi que é um assunto que apesar de velho continua polemico e existe muita desinformação de ambas as partes, mas aos poucos os participantes foram se informado a respeito, alguns tiveram a possibilidade de fugir do senso comum, assim se destacando dos demais, através de argumentos tangíveis. No debate por vezes acirrado, os participantes conseguiram uma troca de informação e geraram conhecimento. 
Foi constatado que de um lado a falta de informação gera o preconceito, já na outra ponta, distancia pessoas dos serviços de saúde e de direitos básicos de cidadania.

Postagem que iniciou o debate.
Entendo que com a criminalização o assunto se torna quase proibido, por diversas vezes isso me deixou deprimido, mas vi que quem repete o discurso comum é também vitima de um sistema falho, pois é comum (ou um vicio do sistema) aterrorizar ao invés de educar.
Vou falar um lance que posso ser mal interpretado, mas as drogas, tanto licitas como ilícitas são boas e gostosas de usar, senão o fosse, as pessoas não estariam se viciando. Quem é que se vicia numa coisa ruim? Quem é que gosta de comer jiló cru? Todos sabem que comemos chocolate por nos dar prazer. A maioria que começa a tomar bebidas alcoólicas continua bebendo até o fim de suas vidas ou até a saúde aguentar e o médico proibir, também tem pessoas que não gostam e acabam se viciando no cartão de crédito, ou ainda, os gordos mórbidos quem também são vitimas de compulsão.
Drogas existem, e ao invés de ignora-las com proibições que só prejudica nosso sistema social (existe uma guerra lá fora por causa disso), podemos olhar numa nova direção, educando todos, desmascarando o bicho papão, dando a ferramenta e livre acesso a rede hospitalar, tratando os compulsivos que se manifestam em diversos tipos de recreações.


Cheech & Chong ícones da contra cultura dos anos 80.


Também existe o estigmatizado maconheiro e usuário de outras tantas drogas, que se escondem em suas casas, alguns por falta de informação caem no mundo da compulsão e acabam não encontrando um meio de se tratar no inicio e quando o sintoma aparece já é um pouco tarde de mais, isso é muito comum no alcoolismo, pois o vicio ainda é um tabu. Já tenho a informação que uma porcentagem maior que 3% da população acometem de compulsão, o engraçado que é o mesmo numero de usuários de drogas ilícitas com problemas segundo a Organização das Nações Unidas. Pois o numero de usuários de algum tipo de droga é bem maior, a maioria prefere ser reservada, mesmo em pesquisas esse numero é mascarado, mas a Organização Mundial de Saúde estima que 10% das populações sejam usuárias de algum tipo de droga.
Com as informações vemos que existe algo de errado. Os problemas são as drogas ou a compulsão?
É um assunto muito extenso e polemico, pois a proibição tem também o fator econômico, pois utilizaram a moral para conseguirem proibir a produção de certas substancias, pois isso vai longe, tem que estudar um pouco de história também, então para não alongar pulo as razões que levaram a suspensão.
Sem falar dos que estão no meio disso tudo, a população marginalizada sem instrução que acaba vendo o trafico como o único meio de sobrevivência com ganhos que justificam os riscos, os grandes investidores do trafico que estão no meio da politicagem e ramificado no meio social. Pode parecer um investimento de alto risco, mas o lucro também justifica o perigo. Ainda tem o sistema de justiça desgastado com essa batalha que não chega a lugar algum, corrompendo um numero grande de homens, mas a grana oferecida é tanta que às vezes pode até valer o risco para alguns. Por fim uma população aterrorizada e sem saber como solucionar o problema clama por mais policiais e armamentos nas ruas, proliferando balas perdidas agravando ainda mais a violência.
Gostaria de deixar claro que nos dois lados da corda existem pessoas e prefiro deixar de puxar a corda a arrastar uma parte para o precipício.
Sou usuário de cannabis sativa, estou me expondo, tenho vida profissional e acadêmica em construção, mas também quero construir um amanhã melhor para mim e meus filhos, e a idade média foi o período de escuridão e não quero que volte.


Na luz do iluminismo que quero caminhar.

Para finalizar, prefiro uma postagem como esta:
http://youtu.be/4Mu0kHDpGzI

Ou ainda:

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