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A verdadeira revolução não é feita de projéteis ou bombas, mas efetivamente com o entendimento da maioria convencida através de fins pacíficos. Só a paz pode ser um exercício democrático. A teoria da evolução das espécies de Charles Darwin comprova que a mutação é o momento em que damos um salto à diante, os ensinamentos comprovam que o racismo é equivocado para o futuro da humanidade. A biologia ensina que o correto é misturar os genes, pois o discurso xenofóbico é oco, simplista e doentio, falho nos argumentos, mas convence a maioria dos ingênuos. A tecnologia parece ter evoluído mais rápido que alguns grupos humanos, isso leva uns acreditar que pessoas podem ser tratadas como máquinas. Exigimos do homem o mesmo que um trator ou ATM. Cobramos eficiência das máquinas em seres humanos, destruindo pessoas e venerando a eficiência dos computadores.

Acreditar que uma revolução pode ser feita com mortes é nocivo para nosso futuro como espécie, somos por natureza seres impulsivos, mas a cultura nos levou a um grau de discernimento que nos privilegia com a possibilidade de sermos racionais. Uma guerra não conquista ninguém, mas eliminam crianças que pensam diferentes. Diferir é a essência de um fórum democrático, mas o fruto do entendimento é um futuro plausível. Eliminar a morte como solução de nossos problemas é uma tarefa árdua, matar nunca foi uma saída decente. Abolir as penas de morte já é um começo. Precisamos agora extirpar o câncer da violência de nossas vidas, tratar e investir em saúde é mais decente que construir armamentos. Uma empresa que fabrica projéteis é responsável por inúmeras mortes. Não é hora de jogar o povo contra o povo. A paz pode realmente render um futuro melhor.

As crianças norueguesas foram vítimas do equivoco extremista que pende dos dois lados da balança. O próprio executor e mentor desse atentado a humanidade pode ser substrato de uma sociedade xenofóbica que tende ser minoria, mas que ainda se debate ao ver o dinamismo do mundo. Eliminação não é revolução, extremismo não é o caminho.

É pesar ver o norueguês Anders Behring Breivik, querendo de alguma forma justificar os parágrafos relativos ao Brasil. Dizer que nosso País é disfuncional prova que falta ao rapaz um pouco mais de discernimento. Nosso Brasil tem sim seus problemas, mas somos uma nação jovem, que há pouco, voltou a ser um Estado Democrático de Direito. Os problemas por ele apontados são naturais em países jovens. Relacionar os conflitos em nossa esfera e indicar a miscigenação, religião e os projetos marxistas como causas do que ocorre, é não conhecer os problemas a fundo levando a um brutal equivoco em suas ideias frágeis e simplistas. Este triste homem, agindo como um pobre robô conseguiu explodir um artefato próximo a um prédio do Governo e foi matar crianças num acampamento de verão. Filho de nação bem desenvolvida foi capaz de tão dramático episódio em nosso falho sistema. É possível que mais este autodenominado profeta, tenha iniciado algo, mas ainda é cedo saber se este infeliz ato vai realmente provocar uma cicatriz em nossa humanidade.

Só o tempo dirá.

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