Do calvário ao Phoda-se.
Há certo tempo venho pensando em criar um Blog, pois todo mundo tem um hoje em dia, até cachorro, gato e papagaio, aí pensei... “Porque não fazer?”
Sem saber, estava iniciando um grande calvário.
No primeiro dia acessei o endereço do blog e iniciei o registro do dito cujo, estava animado, pronto para fazer o primeiro “post”. Comecei a escrever no próprio editor de texto do site. Os minutos voaram dos ponteiros, naquele dia estava realmente muito animado para escrever. Acredito que talvez nunca mais consiga o fio de inspiração e frenesi daquele momento. Mas paciência, pois antes mesmo de clicar na caixa publicar, houve uma queda de e
nergia, e eu, como todo brasileiro só fui atrás do no-break depois do blecaute. Foi um a zero pra maquina, quando a luz voltou, meu animo para escrever tudo de novo já tinha se esgotado. Fui dormir derrotado.
No dia seguinte, diante do computador me distrai um pouquinho e comecei a jogar um lance de estratégia, quando vi, era de manhã.
Já na terceira tentativa, quando pensei em fazer alguma coisa a janelinha do MSN acenou. Tom!!! Era a gatinha linda, não resisti e fui teclar com ela todo submisso. Quando a consciência de asas me lembrou que eu tinha o compromisso de fazer o tal blog, o capetinha me salvou e continuei a cortejar tropegamente a menina. Ela ainda não cedeu, mas um dia cede. Será?
O ego talvez nos cega e faz acreditar que somos capazes de tudo. Já que eu sou capaz, farei o blog.
No quarto round já tinha planejado tudo, uma boa comida, vinho, uma pitada no cachimbo, ficaria pronto para escrever o que bem quisesse. Mas na verdade o que consegui é beber pra caralho, vomitar no tapete da sala e ficar viajando até dormir. Deu trabalho, mas consegui limpar o tapete.
Depois disso fiquei puto com essa porra toda mandei tudo pra merda.
O tempo passou e blog disso, blog daquilo, revista com os melhores blogs e eu sem o meu. O cachorro da vizinha tirava sarro de mim, no blog dele colocou até foto minha. Já tava me sentindo mal em não ter um.
Quando as esperanças pareciam ter acabado, o dia nasceu ensolarado, os passarinhos cantavam, a cidade era um desenho animado, tudo deu certo, consegui ficar de frente do mundo e com a pagina em branco de ante de mim, tive subitamente uma crise de inspiração. Escrevia três quatro palavrinhas e não saia disso. Delete, delete, delete... Minha imaginação era um deserto sem areia. Nem grilo grilava.
Resolvi esquecer, tirei férias, me separei, fiz novos amigos, explorei aventuras, fui a todas as festas, me joguei em todas as belas bocas, abracei e me fartei das mais belas garotas, dancei até de manhã durante o luar, conheci o hinduismo, fiz uma tatuagem, pulei carnaval, botei um piercing, deslembrei de tudo...
Renascido e sem tentação alguma de querer se aparecer, inicio nessas linhas tortas o meu blog.
Desculpe-me, mas não sou um cara que utiliza a gramática no seus mínimos detalhes, mas minha necessidade momentânea é a de escrever.
Phoda-se, em homenagem ao fanzine do Mario e Adelino.
Comentários
Marandueiraaa e suas inspiracoes sensacionais!
:)
Obrigadão Ariadne.